22 fevereiro 2007

jEdit : Editor simples mas poderoso - parte 1

Engraçado observar que sempre que alguém começa a desenvolver em Java logo vai a um fórum (guj, javafree, portaljava) e faz a clássica pergunta:

Qual IDE devo utilizar? (Quem já viu? \o/)

Daí acompanhando vários tópicos parecido para não dizer iguais a este, percebi que existe algumas respostas quase que mantendo um padrão.

O primeiro e campeão é dos 'evangelistas e defensores de IDE', que nem vou citar aqui para não gerar uma flamewar no meu blog, pois menosprezar uma IDE pode desencadear ameaças de morte em série e tudo mais.

O segundo colocado é padrão 'respostas dos masoquistas', dizem que o bom é aprender digitando código no editor de texto padrão do sistema operacional.

Pronto, o carinha que pediu uma dica agora se vê no meio de uma guerra e sua única alternativa de fugir dela é através da utilização dos arcaicos editores de texto no sentido de não disponibilizarem recursos básicos que praticamente todas as IDEs trazem.

Agora vai minha opinião sobre tudo que foi falado...


Sobre IDEs:
  • Praticamente elas facilitam todo o trabalho árduo, mas por outro lado toda a facilidade dos 'wizards' pode ocultar do desenvolvedor aspectos importantes na tecnologia empregada.

  • Sobre IDEs quanto ferramenta elas dão um show de novas implementações a cada versão lançada, sem comentários.

Um comentário depreciativo: Como são pesadas, hein?


Sobre editores de texto:
  • Gostaria de saber se a pessoa que o recomendou ainda o utiliza, pois o processo de aprendizado nunca termina.

  • Pra mim 'syntax highlighting' e 'auto-complete' não faz mal a ninguém pois se a pessoa não sabe o que digitar ou buscar qual seria então a utilidade deles?


E agora? Será que existe um meio termo nesta questão?

Estes dias, depois de um bom tempo de utilização do Eclipse, muitas felicidades e muitas birras com ele encontrei um editor muito bom que implementa vários aspectos importantes inclusos em uma IDE, mas que não deixa de ser um editor de textos acrescido de funcionalidades providas por seus plugins.

Apresento a vocês o jEdit, meu intuito não é falar que ele é melhor que A, B ou C, nem mesmo dizer que o mesmo é completo. Simplesmente quero destacar uma boa opção para quem gostaria do meio termo entre IDEs e editores de texto.

Para a apresentação do jEdit estarei a partir do próximo post abordando seus aspectos mais consideráveis, fique ligado!

30 janeiro 2007

Instalação Java 2 Standard Development Kit

Neste post aproveito para inaugurar minhas colaborações com a comunidade Java brasileira de forma simples, mas que pode sim ser o incentivo a produção de documentos para o restante do pessoal que acha que sabe pouco, aviso a todos que o pouco para quem nada sabe é muito.

Então chega de papo furado e vamos lá....

A primeira coisa e óbvia a se fazer é baixar os pacotes de instalação no site da sun.

JDK 6 e Java SE 6 Documentation
Arquivo: jdk-6-linux-i586.bin
http://java.sun.com/javase/downloads/index.jsp

Beleza, já baixou? Então, vamos dar um jeito na coisa...

JDK, JSDK, J2SDK é tudo a mesma coisa toda esta parafernalha de siglas correspodem ao pacote essencial para o desenvolvimento Java SE, composto pela Java API, o compilador javac, o JRE e etc que precisamos.

Galera outra coisa, não confunda JRE com JDK, o primeiro tem a função de permitir a execução de nossos programas checando e executando os 'bytecodes' (programas compilados) que nós geramos. Para exemplo de sua utilização podemos citar o plugin Java requerido pelos navegadores que é justamente fornecido através da instalação da JRE e sua devida configuração.

Prossigamos...

Instalando JDK e configurando ambiente de desenvolvimento Desktop:

Altere as permissões do pacote 'jdk-6-linux-i586.bin' permitindo que ele seja executado:

asclows@linux-q8p2:~> chmod +x jdk-6-linux-i586.bin

Execute-o! Será iniciada a descompactação do pacote resultando em um diretório 'jdk-1.6.0':

asclows@linux-q8p2:~> ./jdk-6-linux-i586.bin

Ao executar o comando acima, termos de acordo da Sun serão exibidos na tela, como ninguém tem o saco de ficar lendo tanta coisa sabendo que no final de tudo será obrigado a aceitar caso deseje usufruir do kit, então pressione a tecla ENTER até que as mensagens de confirmação do tipo 'yes/no' aparecam e é lógico digite 'yes' teclando ENTER novamente para confirmar.

Após a descompactação mova o diretório jdk-1.6.0 para '/usr/lib/', este local é só uma recomendação, se quiser instalar em outro local tudo bem, mas não esqueça que ele precisa ser visível a outros usuários do PC caso você não seja o único desenvolvedor na parada. Crie um link simbólico para utilizar como referência ao diretório descompactado

asclows@linux-q8p2:~> cd /usr/lib
asclows@linux-q8p2:~> ln -s /usr/lib/jdk-1.6.0 java

Obs: Isso facilita o processo em futuras atualizações eliminando alterações nas configurações que serão exemplificadas a seguir.

Variáveis de ambiente

Agora precisamos setar as variáveis de ambiente, que serão o modo como as aplicações encontraram o Java que estamos instalando agora, sem tal configuração nada funciona. Então, faça o seguinte:

Edite o '/etc/profile' adicionando as seguintes linhas:

#
# Custom settings
# Executar todos scripts abaixo do diretorio
# '/etc/profile.d'
sempre que um usuário se
# logar no sistema.

#
for i in /etc/profile.d/*.sh ; do
if [ -x $i ]; then
. $i
fi
done

Observação: Caso o diretório '/etc/profile.d' não exista você deverá criá-lo manualmente.

Crie o arquivo java.sh sob o diretório 'profile.d' com o seguinte conteúdo:

#!/bin/bash
JAVA_HOME="/usr/lib/java";
JRE_HOME="$JAVA_HOME/jre";
CLASSPATH="$JAVA_HOME:$JAVA_HOME/lib:$JRE_HOME/lib:.";
MANPATH="$MANPATH:$JAVA_HOME/man";
JAVA_DOC="$JAVA_HOME/docs";
PATH="$PATH:$JAVA_HOME/bin:$JRE_HOME/bin";

export JAVA_HOME JRE_HOME CLASSPATH MANPATH JAVA_DOC PATH

Pronto! Agora para que possamos criar o tão aguardado 'HelloWorld' precisamos fazer um logoff e em seguir logon no sistema para que as variáveis de ambiente sejam setadas como queremos!